quarta-feira, 23 de abril de 2014

02:07 da manhã, e nao consigo pregar os olhos.  Ja deve ser a 4° vez que "acabamos" o amor so esse ano, deve ser a milésima vez que perco meu sono em devaneios.  Não me permiti ainda liberar um fiapo se quer de pensamento sobre tudo que ocorreu, isso porque ninguém ao meu redor vai consegui segurar a barra melhor do que eu seguro sozinha, eu me dou conta, mas ninguém vai saber lidar comigo chorando, gritando, tremendo e me batendo. Sei que se me permitir pensar numa solução,  pensar sobre, todos os meus medos vao decair sobre mim e terei vontade de desistir de tudo e vegetar. Terei vontade de morrer. Nao quero pensar no "e ai, refaça seus sonhos, refaça sua imagem de futuro, apague esse maldito passado recente feliz, apafue ele e siga em frente, enfrente e ache seu novo amor, nem que seja o próprio". Sei que falando isso para mim, é admitir, finalmente, que ele se foi. Apagar as fotos, as mensagens, os vídeos,  é dizer que foi um ponto, e eu nunca acredito num ponto entre mim e ele, somos sempre reticências... Se me permitir analisar a situação e ver o que farei, eu irei surtar, e eu vou me meter num buraco o qual sei que nao terei a sorte de sair novamente ilesa. Eu sairei sem um pedaço,  provavelmente do meu coração.  Não estou me permitindo pensar na saudade que tenho do hálito dele, do seu rosto inchado ao acordar, do seu sorriso bobo quando eu falava que nao me achava tao linda quanto ele dizia que eu era, dos olhos dele ao olhar pela última vez naquele dia, antes de dormir. Nao quero me permitir sentir falta da única coisa real, que me pertenceu.